sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Mitologia Egipcia (Parte 6)

Animais Sagrados
Ápis é a personificação da Terra.
O "morto-vivo" (Osíris) encarnou num touro branco sagrado. Era o touro de Mênfis. Simbolicamente representado como um touro negro com um triângulo branco na testa. Seu culto está associado com Ptah. O local onde eram enterrados os seus bois sagrados levava o nome de Serapeum. O escritor satírico Luciano de Samósata ridiculariza o culto a Ápis, comentando que quando grande deus Ápis morre, cada homem corta o seu cabelo; em seguida, através de uma eleição, um dos touros que estão no pasto é levado para o tempo, pois a sua beleza superior e porte majestoso mostram que ele é mais que um touro.
Ammit (também pronunciado Ammut, Amut e Ahemait) é a personificação da retribuição divina para todos os males realizados em vida. Não é apenas um deus, é a punição para aqueles que não foram aceitos em Amenti. Ammit devora aqueles que foram julgados como pecadores, que não agiram de maneira correta em vida. O "inferno" para os egípcios se resumia a Ammit, que destruia suas almas, deixando de existir definitivamente. Ele devorava os corações, rasgava os corpos e com suas patas destruia os corpos. Ela era filha do Universo e da Essência e era o Ser divino mais temido de todo o Egito. Existem papiros de autores desconhecidos que contêm orações para deixá-la longe na hora sono.

Mnévis (em egípcio: Merur) era um boi negro adorado como divindade na cidade de Heliópolis. À semelhança de Ápis, Mnévis era um dos bois sagrados do Antigo Egipto, encontrando-se associado ao deus Ré-Atum (Ápis estava por sua vez associado a Ptah). Foi também associado ao deus Osíris. O seu culto foi instituído na II dinastia, embora seja provável que tenha sido adorado desde tempos pré-dinásticos. Foi cultuado por todos os reis, inclusive por Akhenaton, que tinha declarado Aton como único deus a ser adorado. A razão pela qual Akhenaton continuou com o culto de Mnévis encontra-se relacionada com a sua crença de que Aton se manifestaria neste boi. Nas representações artísticas aparece com o disco solar e o ureus (serpente) entre os seus cornos.
Os sacerdotes de Heliópolis escolhiam um boi da região que levavam para o templo, onde este era adorado. Só poderia existir um Mnévis de cada vez. Os movimentos que o animal descrevia eram usados como um oráculo. Depois da sua morte, o touro era mumificado, sendo os seus órgãos colocados nos vasos canopos, e sepultado numa necrópole perto de Heliópolis.
Benu, também grafado Bennu, era um animal parecido com uma garça real. Em algumas representações artísticas, o Benu tinha sobre a cabeça a coroa branca do Alto Egipto acompanhada por duas plumas altas, formando a coroa atef. Não se sabe muito sobre o culto ao Benu, excepto que estava centrado em Heliópolis.
Este animal era considerado como o ba(alma) do deus (o sol, na sua forma de Atum) quando este surgira no momento da criação do mundo pousando na pedra Benben, a primeira porção de terra emersa das águas primordiais, identificadas ao Deus Nun, tendo dado origem à vida. A ave era vista, em outros casos, como o ba(alma) de Osíris, surgida após a morte do deus nas mãos de Seth. Segundo outro mito egípcio, uma gansa, conhecida como a "Grande Grasnadora", põe o primeiro ovo, do qual saiu o Benu. Os antigos Gregos identificaram este animal com a fénix. Segundo Heródoto o Benu surgia apenas cada quinhentos anos, trazendo o corpo do pai falecido. De acordo com o autor grego, a ave criava um fogueira na qual perecia e a partir da qual surgia uma nova ave.

Outros Neter
Nefertum ou Nefertem era, na mitologia egípcia, um divindade primeva de Mênfis, deus do Sol e dos perfumes, cujo símbolo era a flór de lótus.
De acordo com um mito de criação antigo, o deus-sol teria surgido do oceano primevo sobre uma flor de lótus; Nefertem teria, então, se tornado o "filho do Sol", que traz a luz. Como a lótus é a flor que espalha um perfume fragrante, Nefertem também seria a flor sobre o nariz de . Para o egiptólogo alemã Rudolf Anthes, Nefertum seria um deus primevo e universal cuja influência foi reduzida posteriormente, e cujo nome pode ser traduzido como "o Todo ressurgiu" ou "o recém-surgido é completo".
Em Buto, no Delta do Nilo, Nefertum é o filho original de Wadjet, uma deusa-serpente que assume a forma de leão. A deusa felina Bastet também já foi especulada como sendo sua mãe.


Khnum (Chnum, Knum, ou Khnemu) era um deus da mitologia egípcia. Era representado como um homem com cabeça de carneiro, por vezes tendo uma jarra ou coroa dupla sobre os cornos. O seu nome significa "o modelador".
É um deus com origens antigas, que possivelmente remontam à época pré-dinástica. Do ponto de vista geográfico, encontrava-se ligado à zona sul do Egipto e à Núbia. Este deus representava os aspectos criativos; acreditava-se que Khnum regulava as águas do Nilo, das quais os egípcios dependiam para a sua sobrevivência. A vida no Antigo Egipto estava regulada pelas inundações anuais do Nilo que traziam uma argila que fertilizava os campos e assim permitia a prática agrícola.
Estava também ligado à criação dos seres humanos. No seu torno formava não só a carne dos humanos, mas também o seu "ka" (alma). Por esta razão, era também representado no acto da criação dos novos seres. No seu torno também criou o ovo do qual saiu , que por sua vez gerou os outros deuses.


Na mitologia egípcia, Neith (também denominada de Nit, Net e Neit) é a deusa da guerra e da caça, criadora de Deuses e homens, divindade funerária e deusa inventora. Em seu aspecto funerário, é a Deusa protetora dos mortos: quem inventou o tecido (se converte em patrona dos tecedores) que oferece tanto às vendas, quanto o sudário aos mortos.

Mulher com coroa vermelha do Baixo Egito, com arco e duas flechas. Também foi representada como coruja, escaravelho, abelha, vaca, peixe, com cabeça de leoa, e às vezes dando de mamar a um crocodilo (Sobek).

Heket ou Heqet  deusa  símbolo da vida e fertilidade nascimentos faraós, parteira e ajuda no parto, de acordo com a mitologia egípcia. Geralmente, Heket foi retratada como um sapo, ou uma mulher com cabeça de sapo. Seria provavel que a deusa Rã fosse esposa do deus Khnum.
Ele era adorada em Hermópolis Magna, Abidos, Antinoópolis, Parva Apolinópolis e Kush. Ele também foi adorada no templo de mammisi . Em seus amuletos continham a frase "Eu sou a ressurreição" e, consequentemente, estes amuletos eram usados ​​pelos primeiros cristãos.

Harpócrates , na mitologia grega, é o deus do silêncio. Foi adaptado pelos antigos gregos a partir da representação infantil do deus egípcio Hórus. Para os antigos egípcios, Hórus representava o Sol recém-nascido, surgindo todo dia ao amanhecer. Quando os gregos conquistaram o Egito, com Alexandre, o Grande, acabaram por transformar o Hórus egípcio numa divindade helenística conhecida como Harpócrates.

Unut é uma deusa cobra pré-histórica egípcia. Originalmente, ela tinha a forma de uma cobra, e foi chamada de "uma rápida A". Ela veio da província superior décimo quinto egípcia e era adorado com Toth em sua
Hermópolis capital (em egípcio: Wenu). Mais tarde, ela foi representada com corpo de mulher e cabeça de uma lebre. Ela foi levada para o culto de Horus e depois de Ra.

Khepri é o nome de uma divindade principal. Khepri é associado com aimagem do escaravelho, cujo comportamento de ficar carregando bolas de estrume é comparado as forças que fazem mover o Sol.

Khepri gradualmente veio a ser considerado como uma encarnação do próprio Sol, e por isso tornou-se um deus do Sol. Para explicar para onde o Sol vai ao anoitecer, os antigos egípcios diziam que ele foi para o submundo (ou Mundo dos Mortos, Além, etc.) e o Deus Khepri tinha que menter-se incessantemente empurrando o Sol para que ele nascesse novamente.

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